30.01.2019

Jovens empreendem com o objetivo de cumprir propósitos


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Mais do que novos negócios, empreendedores buscam relações de trabalho mais leves e flexíveis
Mais do que novos negócios, empreendedores buscam relações de trabalho mais leves e flexíveis
Aprender a empreender. Esse era o desejo de Mariana Corazza, hoje empresária e sócia-fundadora da Adoro Saias. Para tirar seu projeto do campo das ideias, ela se matriculou em uma pós-graduação capaz de mostrar, de forma prática, qual era o melhor caminho a seguir. “Sempre fui muito curiosa e disposta a enfrentar o novo. Após me formar, a vontade de empreender começou a se fortalecer, junto à necessidade de investir meu tempo em algo em que eu realmente acreditasse”, conta Mariana, que enxergou no curso de Marketing da FAE Business School a melhor opção, por ser uma instituição atualizada e com um corpo docente experiente. “Poder montar minha grade curricular também foi um grande diferencial, pois permitiu que eu escolhesse matérias que realmente precisava aprender”, afirma Mariana, que participou do Programa FAE Incentiva.

Com uma proposta diferenciada, o FAE Incentiva é um acelerador de ideias, em que o aluno propõe um novo negócio – seja ele tradicional, seja digital ou de impacto social – que envolva inovação e participa de um processo seletivo para ganhar apoio de dois anos da instituição. A ideia é que o aluno possa desenvolver, implementar e buscar recursos e estrutura para sua ideia se tornar, de fato, um empreendimento. “O formato que usamos é o meetup, ou seja, trocas de informações e experiências com outros participantes de projetos, alunos e ex-alunos, com o intuito de firmar parcerias ou, simplesmente, para conhecer pessoas e aumentar a rede de contatos. O participante também recebe cursos de aprimoramentos e mentorias com professores da Instituição”, conta Valter Pereira Francisco Filho, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo (NIE) da FAE. Segundo Valter, o NIE aproveita todas as oportunidades e, sempre que possível, traz empreendedores que compartilham suas experiências com os desafios e saídas encontrados em suas realidades.

Em busca do melhor negócio

“O FAE Incentiva, em especial, foi importante para que eu fortalecesse minha convicção de que nossa empresa é uma ótima oportunidade de negócio. Outro fator bem relevante foi estar à vontade para tirar dúvidas específicas sobre a Adoro Saias durante o processo”, conta Mariana, que foi instigada pelo professor durante as aulas e desafiada a buscar oportunidades de negócio ainda pouco exploradas, mesmo num mercado competitivo como o atual. “A FAE me auxiliou no processo de criação da empresa, pois foi justamente na instituição que despertei para essa ideia e fizemos dela o nosso negócio. Quando a Adoro Saias começou a dar seus primeiros passos eu ainda frequentava a FAE, e pude aplicar os conhecimentos que recebia em tempo real no meu negócio”, avalia Mariana.

Com cinco anos no mercado, a Adoro Saias passa por crescimentos constantes e iniciou o ano de 2019 reformulada e pronta para novos desafios. “Estamos trabalhando para que a Adoro Saias vista mais mulheres. Nossa empresa surgiu com o intuito de fazer não apenas saias, mas peças que valorizem diferentes formatos de corpo e reforcem a autoestima do público feminino. Pretendemos aumentar nossa capacidade produtiva, incluir mais opções de modelos e tamanhos e melhorar a comunicação on-line para que nossas clientes tenham ainda mais confiança em comprar pelo e-commerce. A ideia é nos tornarmos referência em saias no país”, afirma Mariana.

Empreendedores com propósito
O Brasil tem hoje cerca de 15,7 milhões de jovens atrás de informações para abrir um negócio, ou com uma empresa em atividade no período de até três anos e meio. Os dados são do relatório executivo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado no Brasil pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). Esse mesmo estudo aponta um aumento na participação de pessoas entre 18 e 34 anos no total de empreendedores em fase inicial no Brasil. Houve um aumento, também, do percentual de brasileiros que empreendem por oportunidade: de 57% para 59%. “Esse dado revela que o brasileiro está disposto a criar novas formas de trabalho e empreender na busca de algo diferente. A nova geração tem outra relação com o trabalho e com as empresas, mais leve e flexível, e deseja ter satisfação com o que faz”, conta o coordenador Valter. Para ele, o empreendedorismo colabora para uma sociedade mais sustentável, justa e feliz. “Acreditamos que a educação e o empreendedorismo são capazes de transformar uma sociedade”, avalia.

De acordo com esse conceito, a visão da FAE sobre empreendedorismo vai além da criação de um negócio próprio. Em todo o ambiente acadêmico há estímulo para mudança de olhar, para uma nova postura e a oferta de ferramentas para a resolução de problemas. “O aumento que tivemos no número de alunos com o propósito de empreender demonstra o entendimento de que a FAE oferece um ambiente voltado para isso”, conta Valter.

Mas, apesar do grande percentual de alunos dispostos a empreender, é necessário se preparar para isso. “Alguns têm um dom natural, boas ideias, são mais inovadores. Outros precisam se desenvolver”, conta Valter, que destaca a vontade do aluno como a principal matéria-prima para iniciar um projeto, mudar sua postura, inovar e fazer diferente.

Esse conteúdo foi publicado no Carreira e Futuro, do G1 Paraná.



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